terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Cuidado com o pseudotrabalho!

Você já deve ter ouvido falar em trabalho de uma força, mas em pseudotrabalho, já ouviu?


Veja o exemplo: 

Um patinador de 60 kg está parado ao lado de uma parede e então a empurra. Devido à força normal de reação da parede sobre o patinador, que dura apenas 1 s, ele atinge a velocidade de 2m/s, a qual é mantida uniforme após perder contato com a parede, por inércia.
Desta forma poderíamos perguntar: Qual o trabalho realizado pela força normal da parede sobre o patinador?

Como o trabalho é calculado pela variação da energia cinética poderíamos resolver assim: T = m.Vf²/2 - m.Vo²/2, como partiu do repouso:T = 60.2²/2 = 120 joules. Certo?, não, errado.
Este valor é, na verdade, o do pseudotrabalho da força normal da parede no patinador.
O problema é que só realiza trabalho a força que atua em um corpo em certo ponto de aplicação que se desloca enquanto perdura esta atuação.

A força normal da parede sobre o patinador atuou nas mãos do patinador, que permaneceram paradas em relação à parede durante todo o empurrão, que durou 1s. Logo a força normal da parede sobre o patinador não realizou trabalho algum.

Mas e agora?, se não houve trabalho como é que houve variação da energia cinética do patinador?
Resp: Através da força interna que o braço dele exerceu em seus ombros, cujo valor sim é de 120 joules. Percebe que os ombros (e consequentemente o tronco e menbros inferiores) se desloca durante a atuação da força dos braços. Esta é uma situação na qual devemos considerar as forças internas do sistema, pois as externas não produzem trabalho diretamente.

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